2 reais ou uma dica misteriosa do jogo do tigrinho? 🤔
quando um "esperto" se depara com um "bobo", viiiiiiish
E aí?
O que você prefere: 2 reais ou uma dica misteriosa para o jogo do tigrinho?
Essa texto não é sobre um projeto de Silvio Santos que irá te dar 2 reais e nem sobre jogos de azar. É sobre ganância regada muitas vezes regada a ingenuidade.
Eu costumo dizer que a internet e as mídias sociais foram benção para alguns — para aqueles que fazem o uso consciente e prudente delas — e maldição para outros — para aqueles que de forma desordenada vivem suas vidas, cultivando mais vícios do que virtudes.
Há poucos toques em tela, você pode acessar a informação ou desconstrução, a desenvolvimento pessoal ou comportamentos hedônicos, a construção de relações sólidas ou relacionamentos tóxicos, a virtudes ou vícios, direta ou indiretamente, hora conscientes outras nem tanto.
A internet trouxe facilidade e acessibilidade a um volume gigantesco de informações que as gerações passadas sequer poderiam imaginar.
Tem pra todos os gostos, em todas as escalas e nuances de cores: do branco ao preto, daquilo que é bom e útil ao que é ruim e destrutivo.
Ao ponto que atrai pessoas incríveis assim como desperta o interesse de gente extremamente má intencionada.
E a partir dessa deixa, se inicia o teor dessa carta.
Há um ditado popular que fala o seguinte: “quando um bobo e um esperto saem de suas casas e se encontram na rua, surge a oportunidade de um negócio”.
A internet permitiu escala a esses “encontros”.
Agora os “espertos” e os “bobos” sequer precisam sair de suas casas para que “surjam essas oportunidades de negócio” — o algoritmo faz isso por eles —, ao passo que o “esperto” — vou me referir a essa figura como malandro — consegue atingir um número muito maior de “bobos” — não gosto do tom pejorativo dessa palavra, e a essa figura como ingênuo —, com muito menos esforço e maior eficiência — graças aos seus hábitos e comportamentos de consumo digital que ele fornece diariamente ao algoritmo.
E tenho percebido, que esse contexto se agrava, principalmente quando se trata de dinheiro.
O dinheiro exerce forte influência na qualidade da nossa vida particular e em nosso convívio social. Podendo ser um ótimo servo ou um péssimo patrão, a depender da nossa necessidade, nível de conhecimento e autodomínio em relação a ele.
Por trabalhar com finanças — eu respiro essa bolha —, eu fico abismado com algumas histórias e relatos sobre golpes financeiros que acabo escutando a partir de amigos, clientes e seguidores, além do que costuma ser veiculado através da mídia tradicional e nas redes sociais, que acabo vendo ou lendo.
E a causa dessa influência que o dinheiro exerce nas pessoas, não ocorre a partir do próprio dinheiro, afinal ele é algo inanimado — sem alma — e portanto não possui nenhuma das três potências capazes de exercer ou influenciar movimento em outro ser animado — com alma: o ser humano — que são a inteligência, a memória e a vontade — segundo a visão filosófica agostiniana.
O que vai de encontro com as teorias financeiras modernas, especificamente, sobre a teoria das finanças comportamentais, que de forma alguma tenta descaracterizar a relevância das ciências exatas — os números — em nossas decisões financeiras, mas que trouxe à tona o quanto nossos comportamentos e hábitos de consumo impactam a nossa realidade financeira.
Estou lendo “O mais importante para o investidor *” de Howard Marks — que baita leitura, diga-se de passagem — e ele menciona que: “investir, assim como a ciência econômica, é mais arte do que ciência.”
Esse é um casamento entre metafísica, teoria financeira e experiência prática.
E todo esse devaneio financeiro, é para trazer ou aprofundar seu nível de consciência sobre golpes financeiros— maquiados pelos malandros — travestidos de oportunidades— aos ingênuos, muitas vezes movidos pela ganância — através da internet, especialmente dentro e a partir das redes sociais.
ATENÇÃO e CUIDADO redobrados!
Sempre que te fizerem alguma oferta que você julgue ser boa demais para ser verdade — normalmente será boa demais mesmo para ser verdade e por isso, se tratam de golpes financeiros — seja mais racional e menos emocional.
Não permitindo que a ganância fale mais alto que o seu bom senso ou a opinião de algum especialista em quem você confie.
Então, se você quer ficar longe oportunistas que só querem aproveitar o meio digital para te oferecer oportunidades irreais, comece a dar mais atenção ao discurso deles e se são condizentes a realidade praticada.
Como dizem por aí: não existe “almoço grátis”, principalmente quando envolve dinheiro.
Agora, espero que se algum malandro te abordar, oferecendo alguma oportunidade especial para pessoas especiais desconfie.
Sobre tudo se a oferta mencionar:
- ganhos rápidos e sem riscos;
- rentabilidade mensal alta em renda variável (acima de 1% ao mês) e garantida;
- sinais em casas de apostas ou opções binárias;
- dicas quentes em roletas e no jogo do tigrinho; etc…
Aceitar essas propostas, movidos pela ganância e ingenuidade é atestar o ditado popular sobre o “bobo” e o “esperto”.
Como bem diz Warren Buffet em suas duas regras de ouro sobre investimentos e que estão diretamente relacionadas a uma boa gestão financeira:
Regra nº 1 é: NÃO PERCA DINHEIRO (principalmente para malandros).
Regra nº2 é: NUNCA ESQUEÇA A REGRA Nº 1.
Então, na próxima “oportunidade” em que te oferecerem 2 reais ou dica quente e misteriosa para o jogo do tigrinho?
Prefira os 2 reais. Nesse caso vale mais um pássaro na mão, do que 1000 voando.
Aqui, malandro não se cria.
Por hoje é isso, até breve.
Pedro Castro.
HAAHAHAHA excelente.